A verdade é que o quadro competitivo
atual não nos parece satisfatório.
A ideia base de que só há
competição (e campeonatos) a partir dos iniciados torna impossível que o
jogador madeirense (com potencialidades) chegue a essa idade com os ritmos e
características competitivas necessárias.
Os melhores jogadores madeirenses
que, nessas idades, são experimentados nas academias dos clubes nacionais de
topo, regressam, rapidamente, com o rótulo de que são bons e prometiam bastante
mas que, pela falta de competição, já terão “perdido o comboio”. Sem prejuízo
de haver algumas exceções que poderão “confirmar a regra”.
É preciso mudar. No sentido da
criação de um modelo que, sem prejuízo da participação em quantidade (tão cara
à política formativa futebolística atual), permita a evolução qualitativa das
promessas.
Então, propomos simplesmente:
1)Criação de quadros competitivos
regionais em futebol de 7 desde os Traquinas. Passando pelos Benjamins e até
aos Infantis.
Estes quadros competitivos anuais
poderão ter uma fase inicial aberta a todos. Depois, são separadas em dois
níveis. Um onde se localizarão as melhores equipas e outro com as restantes. A
qualidade e o futebol para todos, paralelamente. Sem que um se sobreponha ou
exclua o outro.
A terceira fase poderá acabar num
modelo de play-off (quartos de final à melhor de 3, meias finais à melhor de 4
com a “negra” decisiva e final à melhor de 5) garantindo que, aos pares, as
melhores equipas possam competir várias vezes ganhando qualidade numa
competição equilibrada.
Nestas idades, os quadros
competitivos podem (e provavelmente devem) ser simplificados. Sem necessidade
de registo federativo dos jogadores caso isso provoque custos e despesas
exageradas. Dinheiro que vai e não volta.
2)Nas equipas regionais de topo
(são tão poucas) urge a criação de um modelo alternativo ao atual em que cada
grupo de treino trabalharia com vista a duas competições em dois escalões
distintos. No seu escalão etário e no seguinte. Desta forma, os vários
campeonatos ganharão competidores e mais equilíbrio.
Nesse esquema competitivo, os
juvenis das equipas médias e menos boas poderão jogar com os iniciados das
equipas de topo. Com ganhos evidentes para ambos. Sem prejuízo da gestão a
fazer todos os fins de semana, na definição das equipas entre ambos os
campeonatos.
Assim, nas melhores equipas (mais
uma vez, são tão poucas, na região) o plantem seria gerido de forma a que todos
os jogadores entrassem em competição, numa das duas competições em questão. Com
liberdade de utilização dos jogadores que poderão jogar em dois dias
consecutivos, sem questões nem impedimentos. No Sábado no campeonato de
Benjamins, no Domingo, no de Infantis. Permitindo que os jogadores menos
utilizados do grupo (no sistema atual, demasiado inativos competitivamente)
possam jogar muito mais.
Nos jogos mais importantes, os
melhores viriam à equipa do seu escalão, em força, mas normalmente, jogariam
mais frequentemente no escalão acima, onde vão ganhar calo competitivo.
3)Para que tudo isto seja
possível, os quadros competitivos deverão estar “colocados” no Sábado e Domingo,
mas separadamente. Os Traquinas, Infantis e Juvenis no Sábado, Os Benjamins,
Iniciados e Juniores no Domingo de manhã.
4)Na verdade, é a lógica das
equipas B profissionais, na Liga secundária do futebol nacional. Com as
adaptações necessárias. Dando competição regular a todos os jogadores. Que
poderão estar no banco no sábado, na principal e jogar na secundária no
Domingo. Assim, todo o plantel poderá sempre estar ativo e competitivo.
5)Claro que poderá ser necessário
alterar alguma regulamentação. E perder alguns preconceitos. Assumindo a
competição, mesmo que apenas para um grupo restrito de miúdos.
Play offs
Se temos poucas equipas
competitivas, há que incrementar os jogos entre elas. O modelo competitivo de
play offs nas fases finais das (de todas as) competições é absolutamente lógico
e essencial. E, para além disso, escapando aos sistemas atuais, dependentes de
eliminatórias de um jogo em campo neutro ou neutralizado…
Simplificação organizativa (árbitros/equipa)
Se necessário simplifiquem-se os
esquemas da arbitragem. Pelo menos nos campeonatos dos mais novos. Cada equipa
inscrita apresentaria um árbitro que ficaria disponível para apoiar na
organização dos campeonatos.
Futebol de 9 na transição do futebol de 7 para o futebol de 11
Nomeadamente, no último ano de
infantil, para os jogadores que não “entram” de imediato nos torneios de 11.
Por razões várias, que vão da qualidade à capacidade física e/ou crescimento
mais tardio. É que, no modelo atual, os infantis que acabam o torneio de
infantis em Janeiro e que não “entram” no torneio de 11 acabam, ali mesmo, a
época… E, no caso das idades B (primeiro ano de infantis) esta situação poderá
incluir os melhores jogadores regionais.
Trapalhanças e jogos de 4 no futebol para todos
A manter. Mas não se poderá
resumir a competição (pelo menos para alguns) a apenas isto…
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