Hoje, em Lisboa, iniciam-se os campeonatos regionais de futebol infantil. São 81 equipas em competição, só de Infantis A (sub-13) ao longo de muitos meses e várias fases.
Hoje, na Madeira, a notícia é que só haverá torneios - porque campeonatos nunca houve - quando houver contratos-programa assinados, ficando toda a gente "pendurada" à espera de fundos públicos...
Na semana passada, foi notícia que o Governo da República investirá 34 milhões no desporto, no âmbito do orçamento 2013, concretizando-se um corte de 50% em relação ao ano anterior.
Ora, 34 milhões para o País, corresponderá, na Madeira (1 quarenta avos), a um investimento de ... pouco mais do que oitocentos mil euros. Entretanto, o Governo Regional tem preparado um regulamento que se traduzirá num apoio superior a 10 milhões de euros. Muito pouco, dizem quase todos...
Daí que está tudo parado.
Ora, 34 milhões para o País, corresponderá, na Madeira (1 quarenta avos), a um investimento de ... pouco mais do que oitocentos mil euros. Entretanto, o Governo Regional tem preparado um regulamento que se traduzirá num apoio superior a 10 milhões de euros. Muito pouco, dizem quase todos...
Daí que está tudo parado.
Fomos procurar saber o que recebe a Associação de Futebol de Lisboa de apoios públicos. O que encontramos foi muito claro: a Associação não é uma entidade acima dos clubes, mas sim uma entidade que é um instrumento dos clubes E não fica à espera de apoios públicos para avançar com o que tem a fazer, servindo os clubes e os seus praticantes. Os apoios públicos são irrelevantes para esta função.
Ouvimos um alto responsável do CSM referir que, no ano passado, o apoio público ascendeu a pouco mais do que 4 euros/mês por atleta. Ora, por tão pouco, então porque está tudo parado, à espera desse (mísero) valor?
Uma pergunta simples, de um milhão de dólares: quanto custa realizar os campeonatos regionais de Benjamins e Infantis? O quê? Nada? Mas então...
O que há a fazer?
Simples:
Uma liga regional de clubes de futebol de formação (LRCFF), a criar espontaneamente e sem quaisquer rigores institucionais, apenas para cumprir o papel que a Associação não assegura (e apenas até que esta retome essa função).
1º Até aos infantis não se justifica a federação dos atletas. Isso só custa dinheiro e não há apuramentos para provas nacionais, nem sequer um campeonato regional. Nada.
2º Daí que bastará um registo simples. Sem custos.
3º Indiquem-se 12 campos bem distribuídos pela Madeira.
4º Reservem-se esses campos, todos os Sábados e Domingos, das 9.30 às 10.30. Nada mais.
Criam-se 4 campeonatos regionais (pela liga de clubes regionais de futebol de formação):
Infantis A, Infantis B, Benjamins A e Benjamins B.
As regras de idade apenas estabelecerão anos de nascimento limites, podendo participar equipas e/ou atletas mais novos nos escalões superiores. E, dentro dos limites de inscrições de equipas (podem ser rateadas) poderão entrar várias equipas de cada clube e uma equipa em mais que um escalão.
Jogos: infantis 30+30 minutos; Benjamins 25+25 minutos
Infantis B e Benjamins B nos Sábados
Infantis A e Benjamins A nos Domingos
24 equipas (máximo) em cada escalão, divididas em 3 grupos de 8.
São 14 jornadas (2 voltas de 7 jogos). Cerca de 4 meses. Outubro-Fevereiro.
Na 2ª fase disputam grupo de elite os 4 melhores de cada grupo e o grupo regular os restantes. Desta feita, 2 grupos de 6.
Esta divisão das equipas em duas zonas irá equilibrar os jogos da fase seguinte. Mantendo todos em jogo, mas equilibrando as equipas em competição directa. Mantém-se a abrangência e o equilíbrio.
São 10 jornadas (2 voltas de 5 jogos). Cerca de 3 meses. Fevereiro-Maio.
Apuram para as fases finais, no grupo elite:
Grupo título: 2 melhores de cada grupo
Grupo prata: 3º e 4º
Grupo bronze: 5º e 6º
O mesmo no grupo regular.
Esta fase disputa-se por eliminatórias:
Fase 1, meias-finais, à melhor de 3 jogos, a disputar primeiro no campo da equipa melhor classificada.
Fase 2, finais e 3º e 4º lugar, à melhor de 5 jogos, idem.
Esta fase final em play-off permitirá que se acentuem os jogos competitivos. Evitando que numa época apenas se façam 2 ou 3 jogos desse tipo. E preparando as equipas para os torneios de verão (a realizar no continente e a criar na Madeira) que devem ser o culminar da época para as equipas de topo nestes escalões.
São 8 jornadas. Cerca de 2 meses. Junho e Julho.
No total, cada equipa fará 32 jogos em 32 fins de semana.
12 campos, ocupados por 1 hora, no Sábado e Domingo.
96 equipas que poderão reunir quase 2.000 praticantes.
Cada equipa faz de sua "casa" um dos 12 campos (haverá para cada campo uma equipa da casa e outro que a toma como casa emprestada).
Árbitros? Cada equipa junta um (até pode ser um jogador juvenil) tratando de o remunerar e fazer deslocar se necessário. Apenas nas fase final se justificará introduzir maior qualidade na arbitragem.
Cada Clube inscreve 1 ou 2 equipas por escalão etário (até 8 nas idades acima indicadas). E utiliza os jogadores que bem entender em cada jornada em cada equipa/jogo respeitando apenas as idades máximas definidas. Em cada fase (antes), cada equipa indica a sua lista de jogadores em cada escalão. Uma equipa ou um jogador pode jogar (estar em duas listas) em duas equipas do mesmo clube (no Sábado e no Domingo) sem limitações. Não pode haver jogadores em listas de clubes diferentes na fase 1 e poderão ser sempre acrescentados jogadores a meio de cada fase desde que não estejam na lista de outro clube. E poderão mudar de clube entre a fase 1 e 2, mas já não para a 3.
Não havendo necessidades de federar os atletas, as equipas a inscrever poderão resultar de junções de clubes. Isto permitirá que escolas e/ou zonas da região, com menos população e jogadores se possam juntar e criar equipas participantes.
Voltamos aos anos 80? Qual o mal disso? Nenhum. Até porque, ao contrário desses anos, hoje temos campos e infraestruturas. Foi com este objectivo que se investiu e forte nos últimos 30 anos. Com as infraestruturas disponíveis bastará ... trabalhar.
Cada equipa faz de sua "casa" um dos 12 campos (haverá para cada campo uma equipa da casa e outro que a toma como casa emprestada).
Árbitros? Cada equipa junta um (até pode ser um jogador juvenil) tratando de o remunerar e fazer deslocar se necessário. Apenas nas fase final se justificará introduzir maior qualidade na arbitragem.
Cada Clube inscreve 1 ou 2 equipas por escalão etário (até 8 nas idades acima indicadas). E utiliza os jogadores que bem entender em cada jornada em cada equipa/jogo respeitando apenas as idades máximas definidas. Em cada fase (antes), cada equipa indica a sua lista de jogadores em cada escalão. Uma equipa ou um jogador pode jogar (estar em duas listas) em duas equipas do mesmo clube (no Sábado e no Domingo) sem limitações. Não pode haver jogadores em listas de clubes diferentes na fase 1 e poderão ser sempre acrescentados jogadores a meio de cada fase desde que não estejam na lista de outro clube. E poderão mudar de clube entre a fase 1 e 2, mas já não para a 3.
Não havendo necessidades de federar os atletas, as equipas a inscrever poderão resultar de junções de clubes. Isto permitirá que escolas e/ou zonas da região, com menos população e jogadores se possam juntar e criar equipas participantes.
Voltamos aos anos 80? Qual o mal disso? Nenhum. Até porque, ao contrário desses anos, hoje temos campos e infraestruturas. Foi com este objectivo que se investiu e forte nos últimos 30 anos. Com as infraestruturas disponíveis bastará ... trabalhar.
Um calendário? Simples.
Um sorteio? Também, com algumas condicionantes (manter duas equipas do mesmo clube em grupos diferentes e separar as melhores equipas dos torneios dos anos anteriores).
O resto? receber notas de interesse na participação, os campos, as listas de jogadores e os árbitros indicados por cada equipa, avançar com os jogos, reunir a informação (resultados e classificações).
E ponto final. Não temos dúvida que aparecerá um patrocinador (simples, sem grandes necessidades de investimento) para cada escalão, o que permitirá contratar árbitros (dos federados...) para a fase final, fazer uma festa final no jogo decisivo e incluir prémios para os melhores classificados.
Gonçalo Nuno Araújo, pai de um jogador
Um sorteio? Também, com algumas condicionantes (manter duas equipas do mesmo clube em grupos diferentes e separar as melhores equipas dos torneios dos anos anteriores).
O resto? receber notas de interesse na participação, os campos, as listas de jogadores e os árbitros indicados por cada equipa, avançar com os jogos, reunir a informação (resultados e classificações).
E ponto final. Não temos dúvida que aparecerá um patrocinador (simples, sem grandes necessidades de investimento) para cada escalão, o que permitirá contratar árbitros (dos federados...) para a fase final, fazer uma festa final no jogo decisivo e incluir prémios para os melhores classificados.
Gonçalo Nuno Araújo, pai de um jogador